Enquadramento Geral
Análise e Diagnóstico
A freguesia de Soajo não dispõe de uma verdadeira resposta social de apoio às pessoas idosas, em situação de dependência. Sendo certo que, a Vila de Soajo não só tem condições para acolher uma estrutura residencial para idosos, como precisa de a ver implementada para colmatar as necessidades da sua população e das populações limítrofes, considerando o seu posicionamento geográfico.
Decréscimo populacional
A freguesia de Soajo, desde 1991 até 2021, registou um acentuado decréscimo populacional: • No ano de 1991, tinha 1373 (mil trezentos e setenta e três) residentes;No indicado lapso temporal, Soajo perdeu 51,20% da sua população.
• No ano de 2001, tinha 986 (novecentos e oitenta e seis) residentes;
• No ano de 2021, tinha 670 (seiscentos e setenta) residentes;
No ano de 2021, a freguesia de Soajo tinha 356 (trezentas e cinquenta e seis) pessoas idosas, o que equivale a 54,5 % da sua população.
O lar de idosos mais próximo da freguesia de Soajo é o Centro Paroquial e Social de Santa Maria de Grade, a 14,9 km, e não tem vagas. Problema que também foi identificado nas 18 estruturas residenciais para idosos do distrito, que, para agravar, têm lista de espera.
Nas unidades de saúde do distrito com internamento, à semelhança do que acontece a nível nacional, há um elevado número de idosos com alta médica, mas que continuam internados por falta de resposta adequada em lares ou unidades de cuidados continuados.
A freguesia de Soajo tem, actualmente, mais de 20 idosos deslocados e integrados em Lares e Famílias de Acolhimento fora de Soajo, alguns dos quais noutros distritos. Desde a conclusão do Centro Social e Paroquial de Soajo que a promessa de construção de um Lar se perpetua, e, entre 2001 e 2003, parecia estar próxima de se cumprir, quando o Município negociou a compra de terrenos, junto à Casa do Povo, com esse propósito. Contudo, essa intenção dissipou-se e, há cerca de 6 anos, foi apresentada uma proposta alternativa que passa pelo aproveitamento do edifício do Centro Social e Paroquial de Soajo. No entanto, uma solução que passe por reabilitar e ampliar o atual Centro Social e Paroquial de Soajo não é viável, considerando que:
- O edifício existente está de tal forma obsoleto e degradado que nem uma intervenção profunda conseguiria resolver as várias patologias resultantes de problemas de construção e de falta de manutenção e conservação;
- A dimensão do edifício é em si um problema, que nenhuma ampliação resolve, uma vez que nunca serão colmatadas as condicionantes e os constrangimentos do local e da preexistência;
- O parque de estacionamento, com as condições que se impõem a um equipamento deste género, não seria exequível sem ocupar grande parte da área do Largo Eiró;
- A intervenção programada para dotar o edifício existente de todas as condições legalmente exigidas, alegadamente, permitiria albergar um máximo de 23 camas, o que ficaria muito aquém das necessidades da freguesia e não asseguraria a viabilidade financeira da própria instituição;
- Uma intervenção desta ordem revelar-se-ia quase tão onerosa como construir um edifício de raiz, num local mais adequado e desafogado;
- Estando localizado na praça principal da Vila de Soajo, a fácil acessibilidade e circulação de todos os veículos, designadamente, ambulâncias, veículos de primeiros socorros e de combate a incêndios, estaria comprometida; E, não menos importante, revelar-se-ia uma escolha desadequada se tivermos em conta a estética da praça, bem como as necessidades de descanso dos utentes, nem sempre compatíveis com a utilização do Largo, em particular durante os meses de verão e nas festividades, que têm ali o seu palco.